Sabe aquelas coisas que você nunca para pra pensar por ser banal e quando para realmente pra refletir começa a perceber a complexidade da coisa?! Pois bem, me vi refletindo sobre a arte de escrever. Digo arte, porque não há outra denominação tão bem intitulada como arte para esse ato de juntar, montar e construir palavras e frases. Escrever pra mim se compara a uma grandiosíssima arte. Bela em sua essência.
Não estou falando do escrever famoso, estou falando de qualquer ato de escrever, seja amplo ou restrito. Genérico, popular ou individualista... Escrever. Seja uma carta, um bilhete, um texto que ninguém lê, uma provocação pra seu irmão, uma resenha critica, um artigo. Seja o que for. Você não nasce sabendo escrever, você aprende, mas não é só a escrever que você aprende, com o tempo você aprende também a amar o ato de escrever, vai percebendo os detalhes, vai desnudando as emoções, vai transformando vidas e sentimentos em palavras, algumas palavras são doloridas, outras confusas, e outras mais alegres, mas todas tocam(Tá certo que tem umas que praticamente te espancam, te dão um tapa na cara)... Mas acima de tudo, te ensinam a ver o mundo através de outros olhos, os olhos de quem escreveu e sentiu primeiro aquele texto.
Para mim, o prazer de escrever é gigantesco. É o momento que eu me encontro com meus três “Eus”. Aquela que eu sou no cotidiano, o lado meio que realista; aquela com que eu sinto o mundo, o lado mais sentimental e aquela que eu me expresso, o tão grandioso lado artístico de onde fluem todas as belas composições. Juntos, os três “Eus”, em frete ao computador ou a uma folha de papel, eles vão longe, fluem, conversam, às vezes brigam, não se entendem, fica tudo confuso, desisto de escrever, depois volto, tudo parece mais calmo, bebo água, assisto um pouco de TV, novos temas surgem, palavras aparecem como luvas, no momento certo, depois dá um branco, fico tensa porque não me lembro do principal, ai quando acho uma nova palavra pra substituir aquela esquecida, ai a esquecida se desembesta a ser lembrada. Faço, refaço. Apago frases. Copio. Refaço. Mudo. Sinto. E nessa composição de sentimentos, ideias e ações o meu texto vai fluindo, às vezes fácil como fechar os olhos, outras difíceis como segurar um espirro. Mas no final eu paro. Sento de lado meus “Eus” e leio o meu (dividido por três) texto. Às vezes me espanto, gosto. Outras nem termino a frase! Vai direto para o lixo. E como entender esse meu ato de escrever?! Como não gostar dessa confusão que me distrai, me encanta e me permite ser eu, me deixando demonstrar e expor o que sinto, penso e acredito?!
Ingrid Vita
"Escrever é esquecer.
A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.
A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm.
A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura.
Essa simula a vida.
Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa.
Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso."
Fernando Pessoa
Uma outra visão, do mesmo ponto de partida igualmente diferenciando...
Por: Amanda Santos.
Por: Amanda Santos.
VEJA: ETC...
Adorei o texto amiga...
ResponderExcluirNem posso falar do prazer que eu sinto em escrever... Só que de uns tempos pra cá eu ando me ocupando em escrever, ou melhor; "decifrar", mais propriamente dito, uma outra arte, rsrsr
E cada um no seu quadrado!
Vc tá bem né?
Se cuida! ;)
Lindaaaaaaaaaa vi agora seu comentário.
ResponderExcluirNossa, esse simples comentário me fez imensamente feliz, sei bem que atualmente sua arte se estende a decifrar. Igualmente digno, obrigada pelo e-mail!
Cada um no seu quadrado! Seja regular ou não!
Beijao! xD