O ser humano ao se mostrar aos outros ele pode TRANSPARECER ser algo que não é, ele pode FINGIR ser algo que gostaria de ser e acima de tudo ele pode SER o que os outros não querem, não aceitam ou não concordam, pela simples inexistência de respeito perante a diversidade. Ser, Transparecer ou Fingir ser, em qual dessas etapas será que esse blog me qualifica?!

domingo, 14 de novembro de 2010

Saudade

Hoje fui à missa. Vesti-me de preto inconscientemente. E durante o ofertório uma família, parente e amigos ofertaram a Deus a morte de um Jovem. Ofertaram como forma de pedir a Deus iluminação para aguentar a dor de uma perda. Olhei bem fundo a dor daquelas pessoas e de repente vi uma mulher se sentar, abaixar a cabeça e chorar baixinho, ela chorava de uma forma desesperadora, mas só para si, seu silêncio representava uma dor mortal, um cansaço infinito e uma desesperança contínua. Reparei que alguém se abaixou a seu lado e lhe deu um forte abraço, ambos choravam. Toda família chorava. Choravam com a mais profunda dor; a dor da perda, e mais ainda a dor da perda de um ente querido e insubstituível.
Nossa como aquilo me bateu, foi como se eu tivesse levado um soco, anestesiada não sentia nada, apenas a vontade latente de chorar, chorar mesmo, feito um bebe mesmo diante de todos, mostrar minha fragilidade, pois as lembranças vinham e vinham e me fazia lembrar nitidamente uma grande amiga, uma pessoa muito especial ao qual perdi. Nossa!Tinha me esquecido o quanto isso dói, tinha me esquecido da saudade extrema que te faz querer chorar e não pensar em nada. Meus olhos ficaram cheios de lagrimas, doía prender, mas não chorei. Olhei para o chão e me contive. Mas as lembranças ainda continuavam lá, a vontade louca de abraça-la também. Como não chorar?!...Percebi que lagrimas não diziam nada, pois eu estava chorando por dentro, na verdade eu estava totalmente destruída e chorava aos prantos diante da tortura das lembranças. Quero-a aqui, mas não a tenho. Rezei. Sei que Deus a está guiando como mais um anjo no céu.
E no fim como para completar minha dor, fizeram uma dedicatória ao jovem. Era impossível conter minhas lagrimas. Chorei. Chorei por que a dor que a oradora sentia ao ler seu texto, eu senti mil vezes pior, ao ler diante de todos, juntamente com Matheus, na missa de minha formatura, a dedicatória para minha grande e eterna amiga Gabriella.
Saudades eternas. Dedico este post a ela: Gabi.
*Uma pessoa só morre quando deixa de ser amada, e nosso amor por você é eterno.

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