Soneto da verdadeira amizade
Não quero um amigo só pra “horas felizes”;
Nem só ajudando a colher minhas flores;
E sim que me ajude a tirar meus espinhos
E sim que me ajude a sanar minhas dores.
Pra que em dias nefandos, ardiz, infelizes,
Eu possa contar com seus grandes penhores.
Pra que, perpassando em meus falhos caminhos
Me evite os tropeços e meus dissabores
Não quero um amigo soberbo, egoísta
Que a própria sombra falseia, despista,
Que afaga e apunhala com mãos de impudor...
Eu quero um amigo que conheça em meu rosto
O trejeito incisivo do amargo desgosto
E entenda em meus olhos o brilho da dor!
(Fabiano Moraes dos santos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário